domingo, 1 de outubro de 2017

Manifesto: O Homem, o Mamífero e a Mulher



Debaixo de uma sombra negra rejubilaram-se todas as mulheres da Arábia Saudita, eufóricas num mar de emoções, rosto risonho, olhos a brilhar e o coração a palpitar: “Mulheres já podem ir à escola e ao médico sem consentimento dos homens.”
De objetos sem alma ergueram-se a mamíferos de pleno direito, compartilhando os mesmos que camelos e cabras!
Doce aspiração!
O purgatório acabou! O bem triunfou, o mal foi derrotado! Bem-vindo à utopia!

Há quem discorde! Brutamontes, atrevem-se alguns a apontar! Sociedade machista!
Mas afinal o que é o machismo? Em pleno século XXI, os machistas ainda existem. A superioridade em relação às mulheres, a ridicularização dos metrossexuais e até mesmo dos homossexuais são temas da sociedade machista. O machismo é a inferioridade do homem, não a sua força. Quando trai é fraqueza “Coitadinho não resistiu à tentação”, mas se é traído “Ai meu deus, não pode ser!”. O homem machista é uma versão medonha do futebolista: o fim do mundo quando estão no chão. Assassinaste-me diz ele! Milagre, os paramédicos! Sobreviveu! O penteado resistiu!

As mulheres são decoração e decoradoras da casa. Sair, só de trela. Todos os minutos estão contados, não vá ela perder-se pelos caminhos tentaculados.
Quando vão ambos trabalhar, o senhor vai de carro para se mostrar e a sua escrava vai de bicicleta (para não engordar). Lá vai ele na boa vai-ela. E ela? Ela, fica a tratar da panela!!! Gaba-se da bruta noite que passou com os colegas no bar, as garinas lá estavam todas a dançar, e a mulher a definhar.

“A mulher foi moldada a partir da costela de um homem, ser de cabelos longos, pensamento curto e no fundo a escrava de escravo.”
Basta!
Chega de noitadas!
Chega destes exageros exagerados!
Os séculos passaram… E as mentalidades? Não.
Com o jurássico conviveram e com ele permaneceram!
Mais forte que nunca, eleitas em terras distantes, o “laranjinha” que o diga! Não! Não se foram! “Grab them! Grab them by the p****!”
Ahh!! Tamanhos líderes que nós temos! Aos milhões morremos! Abaixo a monarquia, dissemos! Abaixo a submissão! Para quê?
Liberdade, concluímos!
Liberdade? Sim.
Palavras mais livres nunca tivemos.
A escravidão? Nunca mais!
Fascismo? Nunca mais!
Monarcas infelizes autoritários? Nunca mais! O século é o XXI, evidentemente que infelizes já não são! Sorrisos e promessas p’ra todos!

Finalmente! Ahh!! Vamos acreditar que tudo vai mudar!!!


                                                       Catarina Simões, 12ºH

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