terça-feira, 3 de outubro de 2017

Manifesto Anti- Eu “ismo”





Olhei para a vida
E não gostei do que encontrei.
Hipócritas, Egoístas e Ninguéns
Mal-amados, mal tudo, mal nada
Que na cultura do nada
Se acham tudo.

Vazios, pensei…

Verborreias mentais
Cheias de hedonismos,
Reinam-se a si próprios
E aos seus ismos.

Infelizes, direi…

Abaporus da alma humana
Abocanhadores das fragilidades dos “eu-istas”.
Culpam os deuses, os políticos, os fora da lei
Sei lá! O que direi?

Ah! Odiei
Odeio a ideia de odiar
Odeio quem odeia
Mas como,
Se não odeio ninguém?

Tristes, miseráveis, estúpidos até…
Imundos da sua própria dor
E eu pergunto porquê.
 São poetas da sua hipocrisia,
São filósofos na sua moral,
São indiferentes,
 São Narciso. São Narcisos!
Drogados de modernidade nas suas vis futilidades,
Acrobatas das emoções,
Navegadores das suas próprias marés,

Quem és?

Numa flatulência intelectual em tais abortos de inteligência
Com uma má educação que se confunde com irreverência.
Julgam ter asas, mas não sabem voar
São cegos e surdos, mas mudos nem pensar.
Vivem das suas palavras e sabem tão bem julgar,
São defensores da espontaneidade,
mas não conhecem a água em que se estão a afogar.
Donos do mundo,
Nem sabem onde estão,
Porque no fundo,
Nem sabem quem são.

Basta!

Porque já diz o poeta,
Só sei que não vou por aí.



Maria Pires, 12ºH













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