quarta-feira, 13 de abril de 2011

Poemário

 
O poema de final de período chegou-nos pelas mãos do João Paulo:





Fanatismo


Florbela Espanca



Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
"Ah!  Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."
 



 



O poema dito
 

terça-feira, 5 de abril de 2011

Poemário

Houve um poemário que ficou pelo caminho, esquecido, o pobre, entre os afazeres e canseiras.
Há tempos em que a poesia fica esmagada pelo peso dos dias... e os dias que atravessamos presentemente têm-nos roubado a poesia que povoa o dia-a-dia. Mas nós resistimos.

A Catarina trouxe, a propósito de FRUTA, este belo poema da desconhecida Lídia Borges:





No desencontro da luz
Eram as romãs
Os brilhos rubros da noite
Partículas promissoras
Nas margens de um tempo novo
Sementes inumeráveis
Em chão inóspito, talvez

Porém a renovação,
O princípio, terra fecunda
A fazer vingar o fruto
À revelia de um destino
A cru e negro
Imiscuído de velhos
E gastos vaticínios
De falsos profetas



Retirado do blogue da autora: http://searasdeversos.blogspot.com/ 


E a palavra para final do período não poderia ser outra: FIM

PARANÓIA (DISTURBIA)



            Paranóia é considerado um filme para a faixa etária jovem. Interpretado por Shia LaBeouf, protagonista, e Sarah Roemer. Filme de 105 minutos dirigido por  D.J. Caruso.  Disturbia, título original do filme estreado em 2007, foi premiado por Golden Awards como Melhor Filme de Suspense e Melhor Actor Principal, mas também por Young Artists Awards como Melhor Filme de Suspense e Melhor Actriz (Sarah Roemer).  
            O começo é curioso, um jovem de dezassete anos sofre um acidente com o seu pai, onde acaba por o perder, depois de uma ida à pesca. A partir desse momento dramático, Kale (Shia LaBeouf)  torna-se agressivo e problemático. Devido a um incidente na escola, é condenado a prisão domiciliária com a duração de três meses, não podendo ultrapassar 50 metros do limite da sua residência. Depois dos primeiros dias de diversão, a sua mãe (Carrie-Anne Moss) vê-se obrigada a retirar-lhe todos os “luxos” de qualquer adolescente. De modo que Kale, para ocupar o tempo onde nada tem para fazer, começa por “vigiar” os seus vizinhos, chegando ao ponto de saber a rotina dos mesmos e, também, a apaixonar-se por uma recente vizinha da sua idade. O enredo desenvolve-se partindo de uma suspeita, que Mr. Turner (David Morse) [que é quem...] possa ser um assassino em série.
            O filme falha no aspecto de valorizar bastante a paixão do protagonista e, por sua vez, desvia- se do drama, mas, também o facto do final ser desapontante (decepcionante), devido à forma como acaba, sendo bastante rápido e simples.
Excluindo essas falhas, é um bom filme e aconselho a sua visão.  


Diana Meira