domingo, 6 de junho de 2010

Conhecimento


Os Humanos são, de facto, seres fascinantes. Seres capazes de coisas inimagináveis. Seres tão diferentes uns dos outros, com personalidades tão únicas. Mas, para mim, a capacidade que mais me impressiona é a sua capacidade de procura pelo conhecimento. A capacidade de querer sempre saber mais, o desejo de aprender, de descobrir, de explorar, basicamente, a curiosidade. Será que o Homem alguma vez vai ter pleno conhecimento de Tudo? E será que a resposta muda de algum modo essa ambição por saber mais?

Não. E se pensarmos um bocado podemos facilmente apercebermo-nos que “não” é a resposta às duas perguntas. Desde o início da existência humana, o Homem procura conhecer mais, compreender cada vez mais, o mundo em que vive. Foi com essa necessidade de conhecimento que o Homem evoluiu até ao dia de hoje. Claro que continuamos em constante aprendizagem, não nos contentamos em conhecer o Mundo em que vivemos, queremos compreender o nosso Sistema Solar, a nossa Galáxia, todo o Universo. Mas acho que toda a gente pode admitir (tristemente) que nunca iremos compreender tudo o que faz parte dele.

Falamos, naturalmente, da compreensão do Universo, mas não é preciso ir tão longe, o nosso próprio corpo, a nossa existência, a alma, os sonhos. Conceitos tão utilizados e que não são conhecidos completamente. O que acontece connosco depois da morte? Todos se questionam sobre isso e a única forma de o saber é passar pela experiência. A nossa vida está cheia de perguntas às quais não conseguimos encontrar resposta. Mas isso impede-nos de descobrir? Não (porque haveria de impedir?).

É assustador tudo o que o Homem já conseguiu desvendar, desde há quantos anos a nossa galáxia foi formada, até ao funcionamento de uma máquina tão complexa como o corpo humano. Mas ainda mais assustador é o que nos falta descobrir, o que nos falta entender. Passamos toda a nossa vida a querer saber mais, a aprender tudo o que seja possível, como se fosse possível ter um conhecimento omnisciente. Não é. Eventualmente, vamos morrer sem saber sequer uma pequena parte deste Universo em que vivemos.

Pode parecer um bocado cínico da minha parte, mas é um pouco como penso. Claro que também tenho o desejo de querer saber mais e mais (desejo que não consigo controlar, aliás, ninguém o deve conseguir). Mas, realmente, de que nos serve todo esse conhecimento? De que nos serve uma data de informação? Não é que essa informação mude o nosso último destino. Para que serve este conhecimento tão ambicionado? Não sei. A única coisa que sei é que nós fomos feitos com a capacidade de ignorar questões como estas e seguir com as nossas vidas da maneira que queremos e, com isso, continuamos a procurar conhecimento.



José Varzim, 12º C

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