domingo, 20 de junho de 2010

Ainda, Saramago...

"A morte existe para que possamos viver"



Há dois dias atrás, dia 18 de Junho de 2010, José Saramago começou a viver.


O que hoje vai a ser enterrado é uma parte do Homem, talvez aquela que é mais pequena, o casaco que vestimos, a mão que cumprimenta... no caso de Saramago, não será "coisa pouca", já que vai também o seu génio criativo. E assim, quem perde um pouco da vida, somos todos nós, pois perdemos alguém, homem como nós, que era capaz de revelar que o Homem é mais do que aquilo que dele vemos, o casaco vestido, a mão que cumprimenta.
Salvador Dali dizia que um génio não deveria morrer - tem uma responsabilidade perante o mundo. E é nesta dimensão que todos nós perdemos alguém próximo, no passado dia 18 de Junho. E os portugueses, em particular. Mais uma vez, os nossos maiores embaixadores, nos tempos modernos, depois da epopeia dos descobrimentos, são os escritores. Não são os políticos. Esses, como tantas vezes na história o têm feito, desmereceram o homem e o povo. Mas Saramago mostrou, no fim, que sempre foi e se sentiu português. Por isso regressou, para ficar. Que Portugal o receba, agora, como merece um bom filho - quem verdadeiramente ama critica, no ensejo de fazer melhor, de construir, e nunca Saramago deixou de amar Portugal.


Há dois dias atrás, dia 18 de Junho de 2010, José Saramago começou a viver... na eternidade da sua obra.




Era uma vez um rei que fez promessa de levantar um convento em Mafra...
Era uma vez a gente que construiu esse convento...
Era uma vez...






domingo, 6 de junho de 2010

Tóquio



Para começar não foi a imagem que me escolheu, mas sim eu que a escolhi, uma vez que fui eu que a coloquei aqui e estou a justificar o porquê. As razões que me levaram a escolher esta imagem são simples e objectivas, ora porque representa aquilo que eu gosto, ora porque contém nela o que me interessa de uma maneira mais global. O local a que corresponde esta fotografia é Shibuya (渋谷区), no coração de Tóquio (東京), capital do Japão (日本). Este local é um dos mais famosos do mundo, e a passadeira diagonal que se vê na figura é a passadeira mais movimentada do mundo, imaginem cerca de 1500 pessoas a atravessarem-na cada vez que a luz para peões fica verde, e isso multiplicado pelo número de vezes que isso ocorre ao longo do dia, é algo que nos parece impossível a nós, que vivemos num pequeno país como é Portugal, pelo menos a nível territorial e populacional.

Várias das coisas que me agradam nesta fotografia são a quantidade de pessoas que nela aparecem, as lojas, e o facto de ser noite, e de nela aparecer esta conjugação de “vida” e luz. Para mim é um local em que gostaria de estar todos os fins-de-semana.

Penso que esta imagem acaba por falar por si na maneira como foi “tirada”, de noite e com uma boa captação de luz, e penso também que não teria o mesmo valor e impacto se tivesse sido de dia ou se todas as luzes fossem inexistentes.

O que mais me atrai neste centro urbano é a sua actividade, talvez por divergir por completo da zona “rural” em que vivo, como seria quase qualquer cidade portuguesa ao lado do que nos é exemplificado pela fotografia.

E, porque no que diz respeito a imagens, elas falam por si próprias, não quero roubar-lhes esse lugar, até porque esta acaba por o fazer muito melhor do que eu. E porque, ou se gosta logo à primeira vista da imagem, ou então nem 1000 palavras nos farão mudar de ideias, dou por concluída a exposição da minha opinião sobre a imagem.


Bruno Guimarães, 12º C

O sonho comanda a vida... No silêncio da noite!



Os sonhos são uma demonstração da realidade, mas quem “fala” é o meu inconsciente, desta forma, estes demonstram-me aspectos de uma vida emocional.
    O papel do sonho manifesta-se apenas em revelações dos desejos ocultos, assim, buscam o equilíbrio do ser de uma maneira pouco cansativa e têm o objectivo de compensar falhas da minha vida real.
    Um aspecto muito importante em relação aos sonhos é pensar como um sonhador. Lido com as forças mais fortes, como as sombras, para averiguar como na vida me deparo com as adversidades, a autoridade e a oposição de ideias.    
     Desta forma, aponto os sonhos como forças naturais que me auxiliam como ser humano no processo da individualização e de auto-conhecimento.
    Posso acrescentar que os sonhos não são uma “fachada”, apenas, a própria forma do meu inconsciente se expressar. Podendo assim dizer que os sonhos têm um grande poder revelador para mim.
 Aplico aos sonhos, símbolos que encontro no meu dia-a-dia:
Nascimento
– início do sonho, algo que vai florescer;
Jardim
–  pela diversidade de vida nele existente;
Flor
  – encontro no JARDIM, parecido com o ser humano, cresce, amadurece e morre;
Montanhas
– significam os objectivos que tenho de alcançar na vida, em que o meu inconsciente vê como necessário para me realizar durante este curto período que é o sonho;
Cruzamento – diz-me as diferentes opções que posso escolher, prestando atenção aos sinais que vejo nos sonhos;
Voarexpressa a liberdade de escolher e afirmar-me;
Prédiosrepresentam  as bases e alicerces que criei nos passos anteriores, ajudando a atingir o amadurecimento máximo;
Morte
– como os seres vivos, os sonhos também têm um fim. Os meus não são excepção. Sonhar ajuda, mas nada se torna realidade sem sairmos do inconsciente.
    Tenho de acordar, já são horas….



Pedro Maciel, 12º C

... da tua mão


Juliana, 12º C

Interrogação



De início, a imagem para o texto não aparecia.
Com perguntas e dúvidas na cabeça, ocorreu- me a imagem do ponto de interrogação.
O conteúdo do texto vai ser, então, o ponto de interrogação.
O meu estado de espírito está num ponto de interrogação.
O que vou escrever?
Será que esta imagem faz sentido?
Que sentido?
Já estão três perguntas e três pontos de interrogação.
E as dúvidas?
Serão só três?
Três vezes dez, dez vezes três?
As dúvidas também surgem ao inverso.
Cá estão diversos pontos de interrogação a gerir e confundir multiplicadas dúvidas e incertezas.
Quem consegue ter uma vida normal sem dúvidas, sem incertezas, decorada com muitos e muitos pontos de interrogação?

Os exames finais que se avizinham são um jardim de pontos de interrogação, com canteiros de dúvidas, incertezas, talvezes, ses… 
Vou ter nota capaz para entrar na faculdade que quero?
Qual o curso?
Onde?
Como vou pagar?
Será que o meu curso vai ter saída?

No convívio com os colegas, dou conta que temos cardumes semelhantes de perguntas para quais perseguimos as respostas, respostas essas tão efémeras como estrelas cadentes.
Muitas perguntas terão respostas, adequadas ou não, possíveis ou não, realizáveis ou não, realizadas ou não.
E a vida continuará com mais perguntas, mais dúvidas, com pontos de interrogação…muitos pontos de interrogação…
Só mais um ponto de interrogação: quantos valores vou obter neste texto?


Emília Oliveira, 12º C

A post apocalyptic world....


Bem, desde pequeno que sou fascinado por ficção científica, pelas possibilidades imaginárias que nos proporcionam de modo a fugirmos da realidade, do mundo real, abordando desde odisseias no espaço até anomalias mutagénicas do corpo humano.
Um dos meus temas preferidos da ficção científica é a ideia de um mundo após uma guerra nuclear, um mundo pós-apocalíptico, no qual ruínas da quase extinta humanidade existem em vez de cidades, mutantes habitam a superfície, o Homem vive, sobrevive, em condições precárias e a atmosfera terrestre é radioactiva e tóxica para os seres vivos...
Pessoas com quatro braços, seis olhos, vacas com duas cabeças, insectos gigantes, abominações criadas pela influência da radiação nos seres vivos, enfim, uma biodiversidade tremenda e exótica. Água e comida tóxicas, pessoas a viver nos escombros da humanidade, e também, para quem tem tendências anarquistas, salteadores que matam, violam, roubam através de emboscadas, os que não têm meios de se defender. Enfim, uma festança total!
Esta visão radical de um mundo pós-guerra nuclear sempre me fascinou por várias razões, uma delas é a de perceber até que ponto o Homem consegue ser altruísta e/ou egoísta, pois viver em condições tão deploráveis, piores até do que aquelas que vemos actualmente em países de terceiro mundo (o que é dizer muito...), é complicado, e seria inevitável a existência (mesmo numa situação que exigisse união total) alguém, ou “alguéns”, que viveria como os “salteadores” acima descritos... Ou, então, a ideia da raça dominante, até então, passar do topo da cadeia alimentar para a base, sendo assim “carne para canhão” para a nova gama de seres vivos (leia-se, mutantes, devido à radiação).
Um tema interessante adjacente a um mundo pós-apocalíptico é também a capacidade de regeneração do ser vivo: até que ponto o ser vivo conseguiria regenerar o que foi perdido partindo do pouco que lhe resta? Criando assim um desafio que apela à capacidade de superação do ser humano.
Embora um pouco masoquista, este tema da ficção científica sempre me cativou desde que me lembro, e existem filmes (Mad Max 2, de 1981, por exemplo, um dos meus filmes preferidos até à data), videojogos (neste campo encontramos a série “Fallout”) e até mesmo livros de qualidade que abordam este tema de forma criativa e empolgante, mostrando como seria o mundo e a vida dos que o habitam numa situação igual (ou parecida) à acima descrita, algo que pessoalmente sempre me seduziu.



Francisco, 12º C

Caminho da Vida



Esta imagem escolheu-me porque, a meu ver, é uma daquelas imagens que podem simbolizar o caminho que todos nós temos que percorrer ao longo da nossa vida.

Como nos mostra a imagem, quando nascemos, temos um longo caminho a percorrer na nossa vida, pois somos alheios a tudo, não sabemos nem conhecemos nada, nada faz sentido para nós. Todo este mistério que existe à nossa volta vai sendo desmitificado ao longo da nossa vida, graças às decisões que vamos tomando, aos momentos e às experiências pelos quais vamos passando.
À medida que vamos ficando mais velhos, o caminho que temos a percorrer vai sendo cada vez mais pequeno, como mostra a imagem, pois nessa altura já tudo faz sentido para nós, já não somos os mesmos “ignorantes” que éramos quando mais novos, já percebemos que tudo tem a sua razão de ser e que tudo isso só foi possível graças às experiências pelas quais passámos durante a vida.
A Vida é um caminho longo onde tudo depende de nós. Cada um tem o seu caminho a descobrir, a perseguir.
A Vida é feita de momentos, uns bons, outros menos bons…
Viver é saber agarrar cada momento e dele retirar toda a magia, é lutar por fazer com que todos os momentos sejam mágicos.

                                 

André Loureiro 12º C

Uma Infeliz Realidade


 Esta imagem chamou-me a atenção porque, actualmente, uma das questões mais faladas e mais preocupantes a nível mundial é o aquecimento global e todos os seus efeitos que poderão provocar a alteração do clima, forma de viver da sociedade, etc.

        Como a maioria das pessoas sabe, as causas devem-se, sobretudo, a atitudes irresponsáveis do Homem e, por mais que seja avisada das consequências dos seus actos, a humanidade demora a reagir e a tomar medidas para contrariar a situação em que se encontra. Existem algumas medidas simples que podem mudar o rumo dos acontecimentos, como o uso dos transportes públicos colectivos e de transportes amigos do ambiente, mas, ao contrário disso, cada vez se compram mais carros, e cada família quase que tem um carro por cada elemento, uma coisa incompreensível. Outra medida é prevenir a desflorestação. Será assim tão difícil os países, mais propriamente, os seus governos, conseguirem tomar medidas que permitam o fim da desflorestação em massa? Será assim tão difícil vigiar as florestas e permitir o abate de árvores, apenas, de uma forma equilibrada? No meu entender, não seria assim muito difícil - os representantes dos governos são, muitas vezes,  beneficiados, pois permitem que os madeireiros abatam as árvores de forma intensiva, o que é uma infeliz realidade [estabeleces uma relação que não esclareces]. Para além destas medidas e das atitudes que referi anteriormente, uma razão que está a levar ao esgotamento do planeta é o excesso de população e, como consequência, o planeta está a produzir recursos a uma velocidade inferior àquela em que são consumidos. Este é um problema que poucos se apercebem e que é dos mais importantes para perceber o futuro.

       Tendo em conta tudo isto, e como podemos verificar na imagem, o futuro do planeta está nas nossas mãos e nós assistimos passivos à sua destruição. A mentalidade da humanidade só vai mudar quando começarem a sentir na pele, e de forma intensa, a nova realidade e, nessa altura, o problema já não terá solução. Uma pessoa, só, não faz a diferença, mas todos juntos podemos mudar e renovar o mundo em que vivemos! Uma frase célebre de Henry Ford comprova isso mesmo: “ Unir-se é um bom começo, manter a união é um progresso, e trabalhar em conjunto é a vitória.”

                                                                                                                                                                         Pedro Dias, 12º C
 

Unidos pelos Laços



Como se costuma dizer, existem imagens que valem por mil palavras, mas porquê? Talvez porque não é fácil descrever o que tal imagem nos faz pensar ou sentir. Quando foi proposta a realização deste trabalho, a escolha de uma imagem e o significado desta para nós, pensei que talvez a maioria das pessoas iria escolher imagens chocantes, que nos transmitissem uma mensagem de sensibilização para tentar mudar o que de errado existe no mundo. Nesta minha escolha preferi uma imagem que me chamasse a atenção, não pelos aspectos negativos, mas sim pelos aspectos positivos, que tentamos a todo o custo conquistar na vida, tais como companheirismo, união, força, segurança. Esta imagem demonstra os laços que criei ao longo desta minha caminhada, partilhando com os meus colegas e professores momentos de felicidade e de tristeza, que nunca serão esquecidos. Acredito que, nesta época tão importante da minha vida, adquiri relacionamentos que me ajudarão futuramente.
 Assim, existem várias palavras que podem definir esta imagem, mas o meu pensamento foi para a pequena, mas ao mesmo tempo, enorme palavra, “AMIZADE”. 
   

Carlos Silva, 12ºC

Em Busca do Sonho



Existem momentos na vida em que paramos e pensamos, “Apesar de estar bem encaminhado na carreira, ter uma família constituída, falta-me alguma coisa” e chegamos à conclusão que aquele sonho antigo, dos tempos de criança, que nunca teve a oportunidade de ser cumprido, espera agora a sua vez.

Largamos tudo e saímos em busca dele, corremos riscos, passamos por momentos difíceis, outros em que nos sentimos muito bem com nós próprios, aventuramo-nos na iminência do perigo de cairmos, mas como toda a gente que cai toda se levanta, é preciso ter a determinação para que nenhum obstáculo nos pare, temos de seguir em frente, pois nenhuma barreira nos fará desistir de completar aquele que é o nosso sonho.

E, no fim, quando olhamos para trás e vemos o caminho tão dificilmente percorrido, pensamos para nós que tudo aquilo valeu a pena, que todos os sacrifícios nos levaram à conclusão desse sonho e que, agora, podemos dar por concluída a busca pela felicidade. São estes momentos que nos marcam para a vida e fazem de nós o que somos, e aquela parte de nós que faltava, está agora completa.




Ricardo Carvalho 12º C

Construir Castelos

“ Pedras no meu caminho? Guardo-as todas um dia vou construir um castelo!” foi esta a frase que me fez lembrar esta foto. Escolhi esta foto pois representa, para mim, uma metáfora de vida: o castelo simboliza os objectivos a alcançar na vida e a satisfação por os ter alcançado; as pedras significam todas as barreiras necessárias a passar para alcançar o sucesso na vida.

As pedras são essenciais, pois, apesar de serem contratempos, fazem com que aprendamos com os nossos erros de maneira a que possamos avançar na construção do castelo, na procura da satisfação e felicidade.

    A busca da satisfação e felicidade, por vezes, pode ser difícil, devido a algumas dificuldades encontradas pela vida fora, mas devemos reagir e ver o lado positivo nos momentos mais difíceis para nos sentirmos bem connosco.


Rui Brito, 12º C

Sociedade de Engorda



Há dias andava a vaguear pela Internet à procura de algo interessante, até que, de repente, fui “achado por esta imagem”, que me captou por diversos motivos, mas, essencialmente, surpreendeu-me pela idade dos protagonistas e pelo seu notório excesso de peso.

Cada vez mais a obesidade é um factor a ter em conta no quotidiano mundial. Depois de ver esta imagem, e decidir que iria falar sobre ela, optei por fazer uma pequena pesquisa sobre o assunto. Deparei-me com factos realmente surpreendentes, que nos passam ao lado todos os dias, mas que existem e são extremamente preocupantes.

Esta imagem captou-me, como disse anteriormente, pelas idades das crianças nela presentes, mas muitos outros assuntos vêm à tona. Primeiramente, reparamos que estas crianças estão no Mc`Donalds, ora isto é logo preocupante, pois ou os pais destas crianças não se preocupam minimamente com o futuro delas, ou acham que está tudo bem. Ao ver esta imagem, lembro-me também do que passei quando era mais novo, pois também eu sofria de excesso de peso, e apesar de ter bons colegas, sempre havia aqueles que nos tentavam humilhar. Desta forma, acho muito problemático a falta de ajuda nos hábitos alimentares, e até a nível psicológico, pois estas crianças sofrem ataques frequentemente e, parecendo que não, para eles a comida é o melhor amigo, fazendo com que percorram um ciclo com um fim abismal, desde impedimentos na altura de arranjar trabalhos, a incapacidades físicas e motoras e, o mais importante, doenças cardiovasculares que provocam a Morte.

Termino agora com uma frase de esperança e de força de vontade para todos os jovens que, como estes, precisam de confiança: “Ainda que os teus passos pareçam inúteis, vai abrindo caminhos, como a água que desce cantando da montanha. Outros te seguirão...” (Saint-Exupéry).



João Carlos, 12º C

Conhecimento


Os Humanos são, de facto, seres fascinantes. Seres capazes de coisas inimagináveis. Seres tão diferentes uns dos outros, com personalidades tão únicas. Mas, para mim, a capacidade que mais me impressiona é a sua capacidade de procura pelo conhecimento. A capacidade de querer sempre saber mais, o desejo de aprender, de descobrir, de explorar, basicamente, a curiosidade. Será que o Homem alguma vez vai ter pleno conhecimento de Tudo? E será que a resposta muda de algum modo essa ambição por saber mais?

Não. E se pensarmos um bocado podemos facilmente apercebermo-nos que “não” é a resposta às duas perguntas. Desde o início da existência humana, o Homem procura conhecer mais, compreender cada vez mais, o mundo em que vive. Foi com essa necessidade de conhecimento que o Homem evoluiu até ao dia de hoje. Claro que continuamos em constante aprendizagem, não nos contentamos em conhecer o Mundo em que vivemos, queremos compreender o nosso Sistema Solar, a nossa Galáxia, todo o Universo. Mas acho que toda a gente pode admitir (tristemente) que nunca iremos compreender tudo o que faz parte dele.

Falamos, naturalmente, da compreensão do Universo, mas não é preciso ir tão longe, o nosso próprio corpo, a nossa existência, a alma, os sonhos. Conceitos tão utilizados e que não são conhecidos completamente. O que acontece connosco depois da morte? Todos se questionam sobre isso e a única forma de o saber é passar pela experiência. A nossa vida está cheia de perguntas às quais não conseguimos encontrar resposta. Mas isso impede-nos de descobrir? Não (porque haveria de impedir?).

É assustador tudo o que o Homem já conseguiu desvendar, desde há quantos anos a nossa galáxia foi formada, até ao funcionamento de uma máquina tão complexa como o corpo humano. Mas ainda mais assustador é o que nos falta descobrir, o que nos falta entender. Passamos toda a nossa vida a querer saber mais, a aprender tudo o que seja possível, como se fosse possível ter um conhecimento omnisciente. Não é. Eventualmente, vamos morrer sem saber sequer uma pequena parte deste Universo em que vivemos.

Pode parecer um bocado cínico da minha parte, mas é um pouco como penso. Claro que também tenho o desejo de querer saber mais e mais (desejo que não consigo controlar, aliás, ninguém o deve conseguir). Mas, realmente, de que nos serve todo esse conhecimento? De que nos serve uma data de informação? Não é que essa informação mude o nosso último destino. Para que serve este conhecimento tão ambicionado? Não sei. A única coisa que sei é que nós fomos feitos com a capacidade de ignorar questões como estas e seguir com as nossas vidas da maneira que queremos e, com isso, continuamos a procurar conhecimento.



José Varzim, 12º C