terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Começar o ano... em grande!


“Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim, em cada lago a Lua toda
Brilha, porque alto vive.”

Ricardo Reis

Eu escolhi este poema de Ricardo Reis por três motivos:
Primeiro: o poema expressa uma máxima a que eu aspiro – “Se tiveres que fazer algo, fá-lo bem feito.” – pois quando se faz algo, por mais pequeno ou insignificante que seja, por nós, pelos outros, quer gostemos ou nao, ficamos bem com nós próprios e orgulhosos, mesmo que ninguém repare ou elogie, porque temos a certeza de que o fizemos bem e é isso que conta.
O segundo motivo pelo qual escolhi este poema foi devido ao facto de ele nos mostrar que devemos procurar exceder sempre as nossas expectativas e a dos outros, porque a vida é o nós fazemos dela e o nosso futuro está sempre a mudar a cada pequena decisão que tomamos. Já que estamos neste mundo, por que não “rock it out with style?!” (não sei se podemos escrever em inglês, mas não sabia como expressar isto em português.)
E, por último, mas não menos importante, o facto de este poema possuir uma complexidade sintática, o que o torna interessante para mim, pois eu gosto de procurar o singnificado das coisas. A complexidade deste poema encontra-se na sua sintaxe, pois é clássica, latina e muito diferente daquela que estudámos em Alberto Caeiro. Este poema apresenta uma sintaxe latina, como já referi, com a frequente inversão da ordem lógica, favorecendo o ritmo das suas (Ricardo Reis) ideias disciplinadas.


ANA MONTEIRO, 12º A

4 comentários:

Anónimo disse...

Eu podia ter o mundo
Mas de nada me valia
Porque dentro de mim, lá no fundo
Algo sorriria.
Era o meu coração
Profundamente apaixonado
Que Mil mares nadaria
E, mesmo esgotado
Uma última vez te beijaria.

E voltava a beijar
Pois não consegue deixar de te amar.
Sem medo, eu vivo por ti,
Eu morro por ti,
Eu dava tudo, só por ti, e muito mais,
Para te ver uma ultima vez.
Eu encalharia em mil cais
Só na esperança de te ter.

És o meu vicio,
E os teus lábios são o meu ópio.

Fátima Inácio Gomes disse...

Opium... desire or will.

Pois, o ópio será o remédio e cada um saberá da sua doença.

Quem foi o feliz e anónimo inspirado?

Anónimo disse...

Talvez, não se revelaria isso.
O desespero de dizer algo foi grande, mas a vontade de esconder quem sou é ainda maior.
:)

Fátima Inácio Gomes disse...

Assim seja.
Fica o poema liberto, sem remetente nem destinatário...