quinta-feira, 8 de maio de 2008

Querido diário...


Querido diário,
Esta reflexão assaltou-me durante uma tarde primaveril, quando vi o meu vizinho, a passar com um valente Mercedes, daqueles que todas as pessoas ficam babadas a olhar e a pensar: ”Quem me dera ter um assim, que máquina!”.
Confesso que me deixou pensativa. Não sou nada pessoa de pensar nestas coisas, mas desta vez foi diferente. Caramba, raio do velho, menos de um ano comprou um carro novinho, agora outro. Tantos carros!!! Ainda por cima viúvo e sem filhos… Quer andar com os dois ao mesmo tempo?
No livro que ando a ler, a família em questão também exibe luxos despropositados para a época. Engraçado, o autor (o chato do Eça!) descreve a sociedade da altura como se fosse hoje e eu a ver o meu vizinho a passar na sua máquina.
Há umas décadas atrás, tudo o que fosse carros, casarões e tudo que o fosse de luxo era motivo de vaidade. Essa vaidade era desmesurada e estendia-se a tudo que fosse fútil no quotidiano.
Actualmente, acontece o mesmo: a "sociedade" não se importa em comprar um bruto carro e, no fim, não ter dinheiro para o pagar. Só quando vêm os credores a sua casa, é que reparam que são devedores.
O único aspecto que na vida tem realmente importância é o “status”. Enfim…



Diana Fumega, 11ºG

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