segunda-feira, 25 de junho de 2007

Saudades...



Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!


Florbela Espanca



Pediram-me para escolher um poema e dizer o que sinto quando o leio. E assim o fiz, não foi muito complicado, pois foi logo no primeiro clique, dei de caras com este poema de Florbela Espanca. A razão pela qual eu escolhi este poema foi pelo facto de estar a passar por uma situação parecida com a que o poema nos expressa. Todos os momentos e todos os sentimentos que ela descreve são exactamente aqueles que eu passei.
Aliás, penso que toda a gente, quando ler este poema, junto com este comentário, irá pensar que se trata de problemas de coração... talvez seja. Mas reconheço que este poema transmite da melhor maneira possível tudo aquilo que realmente sinto.


Ana Teresa, 10º C

1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...

Não tens propriamente uma análise, mas tens um comentário muito sincero e pessoal!
O poema é, de facto, belo! :D