domingo, 17 de junho de 2007

A Ditosa Pátria

Eis aqui, quase cume da cabeça
De Europa toda, o Reino Lusitano,
Onde aterra se acaba e o mar começa
E onde Febo repousa no Oceano.
Este quis o Céu justo que floreça
Nas armas contra o torpe Mauritano,
Deitando-o de si fora; e lá na ardente
África estar quieto o não consente.

Esta é a ditosa pátria minha amada,
À qual se o Céu me dá que eu sem perigo
Torne, com esta luz ali comigo.
(...)

Luís de Camões (séc. XVI)


Escolhi este poema visto ser indicado para a juventude, segundo Eugénio de Andrade.
Também pela forma como Luís de Camões descreve o seu país geograficamente e a sua pátria socialmente. Mas também pela sua sonoridade e claro pelo o seu autor, Luís de Camões.


Hugo Salgueiro, 10ºG

1 comentário:

Fátima Inácio Gomes disse...

Acima de tudo, parece-me que a tua escolha reflecte um profundo sentimento patriótico... e é muito bem vindo! Entraste foi no domínio da narrativa épica (não é por rimar que faz dele um texto lírico).
Mas gostei muito da tua escolha :D