terça-feira, 27 de março de 2007

O PROCESSO



Por mais difícil que tivesse sido, e realmente foi, lá escolhi um livro, “O Processo” de Franz Kafka. Este foi um escritor checo, nascido em Praga a 3 de Julho de 1883 e morreu no sanatório de Kierling, em Viena, a 3 de Junho de 1924 e ao longo da sua vida publicou vários livros como, “A Metamorfose” (1916), “O Castelo” (1926), “Um Artista de Fome”, entre outros.
Este livro falo-nos acerca de Josef K., bancário de profissão, que no dia em que fazia 30 anos é detido na sua própria casa sem saber qual o motivo. Todo o seu processo era obscuro, os juízes e o tribunal eram corruptos. Mas apesar disso, vivia normalmente e tinha as suas paixões, pois sabia que não tinha feito nada de errado.
Durante toda a história, K., tenta desvendar a “cilada” que lhe armaram e por quem foi feita.

O mais impressionante neste livro, na minha opinião, foi o método que Kafka utilizou, no início para cativar o leitor, neste caso eu, para depois no final não se saber como se termina a história, ou seja, não se sabe como terminou o processo. Se Josef conseguiu escapar do enigmático julgamento ou não.
Apesar de nunca ter sido fã da leitura, gostei imenso deste misterioso livro e gostaria de repetir esta experiência!!



Ana Teresa Nº 2
Turma 10ºC

O PADRINHO


O livro que eu li foi o “Padrinho”, livro esse que estava muito na moda na época do Al Cappone.
A razão pela qual eu li este livro foi ter visto, ultimamente, alguma publicidade com uma nova adaptação deste clássico de Mário Puzo, que também já tive o prazer de ler e dizer que gostei.
E assim aventurei-me eu pelas ruas de Nova York juntamente com a família Corleone, a maior família do crime organizado da década de 40.
Tenho a dizer que recomendo o livro a todos e que não me arrependi em nada de ter gasto alguns trocos neste livro, que já faz parte da minha colecção pessoal.
Depois de ter lido o livro percebi o que algumas das expressões do género “Vou-lhe fazer uma oferta que ele não pode recusar” ou “Mantêm os teus amigos perto mas os teus inimigos ainda mais perto” queriam dizer. Uma das coisas que me permitiu perceber o sentido das célebres frases foi a barreira entre negócios e amizade, barreira essa em que parece que as coisas não se misturam, mas neste livro andam sempre de mãos dadas, por muito difícil que seja imaginar certas situações como tal. Por exemplo, quando Don Corleone sofre uma tentativa de assassínio é tudo uma questão de negócios, pois o Don não está de acordo com o negócio dos narcóticos. Normalmente, mata-se uma pessoa por motivos pessoais, mas aqui não, como diz Michael Corleone, “ são só negócios”.
Outra das coisas que gostei neste livro foi o realismo com que Mário Puzo descreve as ruas de Nova York, com tanto realismo que ficamos colados ao livro, querendo sempre saber o que se passa a seguir.
É, definitivamente, um livro que aconselho a todos a ler.



Tiago Faria, 10º C

segunda-feira, 26 de março de 2007

"O Guarda da Praia"

18 de Agosto de 2006


Querido Diário,

Estou quase a acabar de ler o livro de que te falei já alguns dias, "O Guarda da Praia", de Maria Teresa Maia Gonzalez.
Este livro é diferente de todos os que já li, talvez esteja relacionado com a época em que o estou a ler. Estou a separar-me dos colegas de turma que me acompanharam desde do primeiro ano e, no livro, o Dunas também ficou sem a mãe, uma das pessoaas mais importantes para ele.
Dunas, o guardião da praia, era um menino destemido e cheio de força e coragem, entrava (continuava a entrar) pela casa que já fora dele, mas que naquele momento era de uma escritora que procurava sossego para acabar o seu livro. A escritora, nas primeiras visitas, ficava aborrecida, porque Dunas comportava-se como se a casa fosse dele, mas destas visitas inesperadas cresceu uma grande amizade entre eles. Através das grandes viagens ao fundo do mar, a escritora que do mar nada sabia, ficou uma das suas melhores amigas.
Tu, melhor do que ninguém, sabes como me apego às pessoas, e como isso muitas vezes me faz mal. O guardião era muito apegado à mãe e, desde que ela morreu, tornou-se o melhor amigo do mar, da areia, de tudo o que faz parte das praias maravilhosas, pelo facto de a mãe estar profundamente coberta de areia húmida e fina. A sua vida passava-se à volta da praia, ele protegia-a e cuidava-a. Ele vivia numa pequena ilha com a avó, que de médicos nada gostava, e o avô vivia na mata onde acabou por morrer no incêndio da sua própria casa.
A partir daqui não li mais nada. Estou muito ansiosa pelo fim.
Este foi o livro que até agora me cativou mais, pela sua história e pelo seu lado misterioso. É um livro recomendável.


Letícia 10ºC

“O Código de Da Vinci”



“O Código de Da Vinci” é um romance extraordinariamente empolgante escrito por um dos mais brilhantes escritores da actualidade, “Dan Brown”.
Eu considero-o um livro fantástico, pois tem a capacidade incrível de fazer com que quanto mais se lê mais se tem vontade de ler. Todo o seu enredo absorve o leitor para uma trama elaborada até à mais ínfima escolha de palavras que nos leva a um incrível desfecho.
Outro dos pontos que o torna num livro formidável é conseguir misturar o passado com o presente. Sendo o seu tema principal a religião, o autor conseguiu levantar com extremo rigor histórico questões sobre o Cristianismo lentamente esquecidas com o passar dos anos e aproveita também para deixar a sua crítica a algumas “seitas” mais extremistas.
“Dan Brown” é um escritor que entrou bastante depressa para a ribalta sendo projectado pelo sucesso e polémica que os seus dois primeiros romances causaram, tendo uma bibliografia de apenas quatro livros: “O Código de Da Vinci”, “Anjos e Demónios”, “A Conspiração”, “Fortaleza Digital”.

Marta Gonçalves 10ºB nº.18

As Virgens Suicidas


Não há culpados pelas vidas que a tragédia reclama como suas, esta é aprincipal mensagem que Jeffrey Eugenides , faz passar no seu livro, “AsVirgens Suicidas”, utilizando uma realidade que, aos olhos de muita gente, é invisível ou até mesmo inexistente.


O autor informa-nos sobre um problema social ao qual não é dada a devida atenção - a crescente dificuldade dos adolescentes em aceitarem o mundo como ele lhes é entregue - através da história de cinco irmãs que escolhem as mais variadas formas de encerrar as suas vidas.


No final do livro, ele demonstra a pouca importância que as suas personalidades têm, desde a intelectual Therese, até à futurista Cecília, passando pela rebelde Lux, todas elas acabam por serem consumidas pelos desastres que a vida lhes foi oferecendo. Até hoje, este foi o livro que mais me marcou. À medida que o ia lendo e que os acontecimentos se iam desenrolando, eu só conseguia pensar na dor e no sofrimento pelo qual aquelas pobres raparigas estariam a passar. Claro que sei que é apenas ficção, fruto da imaginação do autor, mas quanto deste livro não é a realidade do nosso dia a dia?! Como estas personagens, existem milhares de pessoas por este mundo fora que optam pelo caminho do suicídio, devido aos problemas e às divergências que a vida lhes vai proporcionando. Na minha opinião, este livro merece ser lido porque, para além de ser muito interessante, alerta-nos para um problema a que qualquer pessoa está sujeita.
Marina Novais, 10ºA

A Filha da Floresta


Bem!!! Antes de ler este livro, li o livro “Quem ama acredita”, mas depois vi que já o tinham publicado (comentado), fiquei chateada, mas depois decidi ler outro, e então, falaram-me deste “A Filha da Floresta”. Este livro pertence a uma trilogia, é o primeiro! Ler este livro foi como entrar dentro de uma lenda celta, repleta de magia , amor, carvalhos, batalhas, e mistério…Sorcha é a filha da floresta, a sétima filha de um sétimo filho. Ela vive em Sevenwaters, uma casa perto de um grande lago onde vão desaguar sete riachos numa floresta da Irlanda e onde habitam as Criaturas Encantadas… Após a ter dado à luz, Niamh, mãe de Sorcha, morre e ela fica com os seus seis irmãos; Conor um aspirante a Druida, Liam já um líder, Padriac um aventureiro, Diamir e Comarck dois guerreiros e Finbar que fala com Sorcha sem serem ouvidos. Acho o livro com um ritmo incrível, empolgante e emocionate… Sobre os seis irmãos é lançado um feitiço terrível planeado por uma terrível madrasta recém chegada a Sevewaters, que os faz transformar em cisnes, ficando apenas com a forma humana na noite do Solstício de Verão e do Solstício de Inverno.Sorcha consegue fugir da madrasta para salvar os seus irmãos das suas formas selvagens. Para desfazer o feitiço Sorcha terá que tecer seis camisas feitas de morugem e colocá-las no pescoço de cada um dos seus irmãos e, até acabar de tecer as camisas, não poderá falar com ninguém.O que Sorcha passa nas florestas e cavernas da Irlanda e depois de ser capturada pelos bretões! Isto tudo em 3 anos!... é pois, um desafio enorme para uma rapariga de apenas 16 anos…
E quê??? Gostaram???? Eu gostei imenso. Esta história transmite que devemos sempre lutar por aquilo que queremos. Sorcha lutou pela libertação do feitiço que foi lançado aos seus seis irmão, pondo a sua própria vida em risco, mas o amor pelos irmãos ultrapassou tudo. (Ah! Leiam o seguinte livro, também é interessante).


Autora: Juliet Marillier.

Local: Nova Zelândia.



Emília Oliveira, 10ºB

As Feras Futebol Clube - Leon o Rei das Fintas


Para começar, gostava de dizer que o tempo que tive para ler o livro foi muito escasso. Também não tive muito tempo para escolher livros, por isso, da pouca escolha que tive este foi o escolhido… Este livro é do tipo infantil,mas com a realidade e a ficção a misturarem-se. Neste livro, está presente um grande sentido de humor por parte do autor! O livro está dividido em 21 capítulos. Neste comentário, é claro que,não vou falar dos capítulos todos, senão nunca mais me despacho! Lol… Vou fazer uma breve introdução ao livro, depois falar um pouco dos melhores capítulos e, para finalizar, uma conclusão.

Este livro fala sobre uma equipa de futebol, As Feras Futebol Clube, mais precisamente, de um grande jogador, Leon, que é um verdadeiro rei das fintas! A temporada futebolística começa, Leon e a malta estão desejosos para ir jogar futebol, só que o campo está ocupado por outra equipa que eles têm de vencer. E como? Num magnífico jogo de futebol. Adorei aquele momento, quase nas férias da Páscoa, em que Leon e os amigos não podem ir jogar futebol, porque o campo e toda a cidade estão cobertos de neve. Por isso, decidem dar uns toques na bola nas suas casas! Mas como toda a gente sabe, jogar futebol em casa nunca deu bom resultado. Como estes rapazes não fogem à regra, partem tudo o que têm em casa. Marlon e o seu irmão chutavam a bola com muita violência contra a parede do quarto.Acontecia o mesmo na casa de Fabi e em casa de Juli. Duas ruas mais abaixo, Maxi não podia jogar no seu quarto por causa da casa das barbies da irmã,por isso jogava na sala de estar. Rematava com muita força entre o espelho e a vitrina. Isto acontecia por toda a cidade, menos em casa de Raban.Faltavam dois dias para a Páscoa e a cidade via os primeiros raios de sol vindos do céu. O Inverno estava vencido. As férias estavam salvas. Leon e os seus amigos davam os últimos pontapés na bola em suas casas, que mais pareciam estádios olímpicos. Mas, o pior estava mesmo para acontecer. Era o último dia e tudo saia mal à rapaziada. Eram lâmpadas partidas, estantes de livros no meio do chão e até mesmo, a janelas de casa partidas. No dia a seguir, reinava a calma e o silêncio, até que os juízes, por outras palavras, os pais decidiam o que fazer aos filhos. Fabi foi condenado a três dias de prisã odomiciliária e a sua bola a desaparecer em cima do armário da sala de estar. Joschka e Juli foram condenados com dois dias sem jogar futebol e a sua bola seria esvaziada. Marlon e Leon tiveram que pagar a lâmpada que teriam partido e a bola deles foi parar à gaiola do hamster. Conclusão destes episódios todos. O Inverno conseguiu vencer os rapazes! Faltava apenas um dia para o jogo e, finalmente, aparece a equipa com que a formação de Willi (o treinador da equipa de Leon) se vai defrontar num magnífico jogo. Essa equipa era comandada por Michi, o Gordo… ele era o rei. Impunha respeito a toda a gente devido ao seu porte físico. A equipa de Michi apareceu no treino da equipa de Willi surpreendentemente por todos os lados. Estavam completamente cercados. Já no campo as duas equipas trocavam algumas palavras. Na noite que antecedia ao jogo a equipa de Willi nem conseguiu pregar olho. Eis chegado o grande dia! As equipas estavam no campo, mas na equipa de Leon faltava um jogador, Markus. Michi, exigiu que o jogo começasse mesmo sem o jogador que ainda faltava e afirmou também que a primeira equipa a marcar dez golos ganharia o jogo. O jogo começou bem para a equipa de Michi, o Gordo que ganhava por 5-0 ao intervalo. Depois do intervalo a equipa de Michi fez mais um, mas eis que chegava o primeiro golo de Maxi. O jogo esteve sempre empatado até aos 9-9. Raban foi quem fez o golo da vitória e assim a equipa de Leon vencia o jogo e ficava com o campo.Adorei este livro. Muita acção! Muito futebol!



João Martins, 10ºA

domingo, 25 de março de 2007

Super Homem


O Perfume

Obra revelada ao mundo em 1985 num jornal alemão escrito por Patrick Süskind. Genericamente falando, o livro retrata a vida de um homem, Jean-Baptiste Grenouille, que nasceu sem cheiro e com um sentido de olfacto mais apurado que qualquer homem ou animal à face da terra…

O livro descreve as peripécias da personagem desde infante até ao momento da sua morte, numa noite fatídica, em Paris, local onde nasceu e só voltou para morrer, após ter cometido vinte e seis homicídios, ter sido cobaia numa experiência com o propósito de mostrar que a terra é venenosa, criado um perfume e ter escapado à pena de morte no dia da execução.

Algumas personagens:

Padre Terrier: O primeiro a odiar verdadeiramente Grenouille, foi o primeiro a defender esta aparentemente inocente criatura quando este era bebé, mas acabou por ser exemplo da máxima francesa: “C’est du bon Vin qui se fait le plus fort vinaigre” é do melhor vinho que se faz o vinagre mais forte. Assim, Grenouille provou, pela primeira vez, o intrigante sentimento de ódio, não desdém ou indiferença, não raiva ou ciúme, mas sim ódio, por parte daquele que primeiro se preocupou em amá-lo como ser puro que a priori seria de esperar que fosse.

Madame Gaillard: Carcaça robusta, insípida e sem qualquer réstia de humanidade além daquela que a cara comprovava. Foi dela que Grenouille sentiu a mesma atenção que os outros órfãos na casa desta ama recebiam. Grenouille foi homem como os outros, apenas aos olhos de Madame Gaillard, muito provavelmente pela incapacidade desta sentir odores, o que fez com que não notasse que Jean-Baptiste não possuía um.

Jean-Baptiste Grenouille: Se o grande Feodor M. Dostoievsky fosse contemporâneo de Patrick Süskind teria, sem dúvida, admirado esta personagem como o derradeiro Super-Homem.

Dostoievsky comparava, na sua excepcional obra “Crime e Castigo”, Raskalnikov, a personagem do livro, aspirante a Super-Homem, a Napoleão Bonaparte, sendo este, a seu ver, o melhor exemplo de Super-Homem descrito nos tecidos da musa Clio. Super-Homem será aquele que, provido de uma vontade superior, atinge o patamar máximo da evolução possível a um indivíduo, aquele que se rege apenas pelo seu desejo e luta incessantemente pelos seus objectivos, seguindo nenhuma ambição que não a sua. Bonaparte era o melhor exemplo, pois só se vergou perante poderosos Impérios, enquanto que Grenouille, bem, já lá chego…

Ao contrário do que possa parecer, este livro não trata, nem retrata qualquer tragédia, mas sim a grandiosidade pessoal de quem, para os outros, seria indubitavelmente medíocre até morrer em qualquer canto onde nem a luz do sol chega.

Mesmo enquanto escrevo isto, a grandiosidade desta obra é-me completamente arrebatadora, mesmo que só réstias da sua imponência ainda pairem na minha falível memória. Esta é a derradeira alegoria de como a vida do Super-Homem, segundo Dostoievsky e Nietzsche deve ser vivida, e em alguns pontos da sua odisseia pessoal, Grenouille quase que suplanta as expectativas destes no que diz respeito ao abismo que separa o Super-Homem da Humanidade. Enquanto que Napoleão nunca atingiu o estatuto consagrado, pois se infectou conscientemente com a humanidade aquando do casamento com Josefina e a consequente procriação, Grenouille foi sempre puro, mesmo no seu ponto mais baixo, daquilo que se possa parecer a dignidade humana, mesmo quando dependia e foi submisso a homens cuja grandiosidade não fazia sombra a um escarro seu, Grenouille agiu conforme os seus propósitos, descartando-se dos desgraçados que ousavam usufruir da sua pessoa no momento em que findasse a sua utilidade.

Todas as jovens, desd’aquela na Rua Marais, quando Grenouille tinha apenas quinze anos, até a Laure Richis, foram peões insignificantes imolados em holocausto, não, não a uma divindade, mas para fins divinos, o que me obriga a aceitar que sejam tratadas como vítimas, mas nunca como perdas. Grenouille foi mais que divino, ao contrário de deus, que cria do nada moldando o ser a seu bel-prazer, Grenouille pegou numa ínfima porção da totalidade das cachopas e tornou-a maior do que elas poderiam alguma vez ser, é como se ele tivesse sacrificado vinte e cinco pétalas de rosas com o propósito de lhes extrair a verdadeira essência da rosa, essência essa maior em qualidade e importância que todas as rosas.

O morticínio que antecede a criação do perfume é tão facilmente desculpável que até eu, que me considero pouco macabro e bastante normal nestes assuntos mortiços, encontro uma enorme dificuldade em chamar Grenouille de assassino.

É impossível falar da moralidade das suas acções, sem antes perceber o seu mundo. Grenouille habita um mundo etéreo onde tudo se define pela alma, e a alma de tudo é o cheiro. Considerando isto, é tão condenável o sacrifício das jovens como para nós é condenável consumir apenas o miolo de qualquer fruto seco. Grenouille, sufocando a jovem da Rua Marais, apenas se livrou da casca para saborear plenamente a deliciosa noz que é seu cheiro.

Mesmo sem recorrer a este pensamento, consigo perdoar os actos de Grenouille. Voltando à obra de Dostoievsky, quando Raskalnikov se encontra no momento de reflexão da legitimidade do assassínio da velha penhorista pergunta-se: “Será que se Napoleão se encontrasse afastado dos seus objectivos apenas pela vida desta velha, hesitaria em matá-la???” a resposta era um estrondoso “não”. Assim, Grenouille tinha entre si e a criação do super-cheiro, o odor ao qual todos os odores convergem e sem o qual nenhum odor faz sentido, vinte e cinco vidas, condenadas a levar para a cova sombras e vestígios da grandiosidade que em tempos detinham e nunca usaram, devido, provavelmente, à incapacidade de se aperceberem que encerravam em si tal riqueza.

A magnitude desta escolha, e contudo, a facilidade com que se decide… Ser maior que Prometeu ou resignar-se à insignificância inerente a quem se rege pelas leis e morais da mortal e debochada Humanidade…

Grenouille escolheu a via prometeica, abalando os alicerces do mundo após se ter servido de um pouquinho de humanidade, atingindo assim o estatuto irrefutável do Super-Homem, aquele que viveu com um propósito e morreu após cumprido, a vida perfeita. Nem o nascimento atroz, nem as tentativas de homicídio das quais foi vítima enquanto criança, nem a esplenite, nem os sete anos de solidão, nem o trauma de não possuir o único elemento que tinha como válido, o odor, nem as batalhas dos Titãs que acabaram nos portões de Tártaro, nem a morte do Messias, nem a peste negra, nada, mas absolutamente nada, se iguala em grandiosidade ao facto de Grenouille ter sido Todo na sua curta vida.

Não ponho por palavras o amargo ciúme que me consome face à vida dele, porque tal me parece impossível.

Resumindo, esta é a obra que retrata um homem que viveu para um só fim e se extinguiu recorrendo a ele… Perfeito…

Bruno Senra, 10ºG

sábado, 24 de março de 2007

Diário De Anne Frank




O diário de Anne Frank suscita uma viagem ao passado, e talvez mesmo ao presente.


Este diário revela os dissabores da sua vida, bem como as suas pequenas alegrias. Para fugir das perseguições de Hilter, Anne, sua família e alguns acompanhantes, viram-se forçados a "mergulhar" (?).


Neste incrivel diário é possível observar a sua incrível maturidade, que foi adquirida através do seu isolamento e do seu medo de ser descoberta.


Anne é uma adolescente sincera, que reconhece os seus defeitos e as suas qualidades, e o diário é onde ela, durante os anos em que esteve "mergulhada", guarda a recordação de todos os episódios vividos, bons e maus.


Podemos ainda reconhecer a sua inteligência e o facto de ela, na maioria das ocasiões, querer saber sempre mais.


Este diário é um livro que aconselho a todos, pois retrata a vida de uma adolescente na 2ª guerra mundial, que passa por muitas dificuldades, ao contrário da maioria de nós!!




texto escrito pela Sara Anjo do 10ºB

sexta-feira, 23 de março de 2007

O diário de Anne Frank




É uma história que relata verdadeiramente o sofrimento vivido pelos judeus, durante o tempo em que Hitler governou.
Demonstra o grande valor dos amigos, da família e também que os nossos sonhos se concretizam. O sonho de Anne de se tornar conhecida realizou-se apesar de ela já ter falecido.
Relata os momentos vividos no anexo secreto de uma forma ligeira e nada cansativa. Este livro toca-nos, pois dá-nos, mais de perto, a realidade vivida pelos judeus durante o holocausto, estavam restringidos de muitas actividades e sofriam muitas ameaças.
A linguagem utilizada no livro é familiar e, por isso, de fácil acesso e interpretação por parte de qualquer pessoa.
Anne Frank era uma jovem notável pois teve sempre coragem e fazia muitos planos para o futuro.
É um relato muito conhecido, escrito por uma menina judia ainda adolescente, que viria a morrer antes de se tornar maior de idade, uma vítima entre os muitos milhões de judeus que sofreram com a brutalidade e intolerância do nazismo alemão.
Recomendo este livro pois contribui para o enriquecimento da nossa cultura geral, já que o tema “Nazismo” é um tema Mundial. É um dos livros que nunca esquecerei. Por saber que tudo se tinha passado, pela história do livro ser verdadeira; pelo sentimento; pela intensidade da narrativa de Anne. Pelas coisas que ela escreve e pelos sonhos desfeitos.




Tiago Barbosa nº25 tº10B

Dádiva Divina



Dádiva Divina


"Fabricar um Golem é uma empresa perigosa; como qualquer criação maior, coloca em risco a vida do criador – fonte de perigo, todavia, não é o Golem ou as forças que dele emanam, mas o próprio homem.” – Gershom Scholem

Não é sobre a criação de um Golem, aquilo de que nos fala este livro. E está bem longe disso, assim como de ser apenas um livro. Este livro encontra-se dividido em 2 livros. Um contado por um narrador, e outro contado pela personagem principal, sob a forma de Carta. Este livro, inicia-se com a história de Samuel Espinosa, detective particular em Nova York. Sam (nome pelo qual prefere ser tratado) é um judeu, sem qualquer interesse pela religião, cuja carreira se encontra em decadência pela falta de clientes. É então que Sam é chamado a uma clínica e contratado para procurar um homem. Trabalho até bem generoso, pois não havia qualquer obrigação em o terminar. Bastando-lhe mostrar provas de que se tinha esforçado, Sam receberia o pagamento. Além do pagamento final, Sam teria o direito de gastar dinheiro para as suas deslocações, alimentação e lazeres, sem qualquer problema. Proposta tentadora…
Sam aceita e parte para Adis Abeba, na Etiópia, em busca deste sujeito, pois havia sido informado que foi naquela cidade que ele fora visto recentemente. Sam acaba por conhecer um padre cujas intenções são as de o matar. É aí que foge. Tendo apenas como ajuda alguns estranhos, Sam tenta chegar a Moçambique, plano esse que não é bem sucedido. Sam chega a Moçambique, mas não vivo… Morto. Sim, Sam chega a Moçambique morto (aqui começa o segundo livro) e é ressuscitado por um transplante de sangue. Sam conhece então a pobreza pela qual este país passa, a discriminação, e as doenças. Aqui, é orientado e enviado para Lisboa, local onde lhe disseram encontrar aquele que procura. Sam encontra finalmente esse homem. Um sem abrigo. Um homem de enorme pobreza.
Sam leva, então, o seu “prémio” para a clínica pela qual foi contratado. Aqui, Sam descobre o “porquê” de todo esse interesse num sujeito pobre. Sam descobre que esse sujeito era, na realidade...
Sam descobre quem era na realidade esse sujeito e o porquê de tanto interesse nele. Descobre também como foi possível voltar à vida com apenas uma transfusão de sangue. Mas tudo isso foi descoberto por Samuel Espinosa (e por mim claro). Se quiserem, leiam também vocês este livro. Serão contrastados os motivos pelos quais, um homem deveria viver para sempre, com os motivos pelos quais não deve viver. São também abordados os motivos pelos quais ninguém gostaria de viver para sempre. Tudo isto, num livro emocionante que nos cativa de forma impressionante do início ao fim, não sendo um livro propriamente maçador, pois pelo meio, somos confrontados com situações caricatas, que o autor aproveita para ironizar e exprimir o seu sentido critico.

O autor:


Rui Zink nasceu em Lisboa em 1961.Licenciou-se em Estudos Portugueses na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É nesta mesma Faculdade que lecciona actualmente a cadeira de Literatura Portuguesa. Se tiverem interesse em conhecer a biografia do autor, assim como a sua bibliografia, completas, podem optar por seguir o link:
http://www.webboom.pt/autordestaque.asp?ent_id=1131850&area=01

O Código Da Vinci



Uma mensagem inesperada vai alterar o percurso das vidas do catedrático/simbologista Robert Langdon e da irreverente criptologista Sophie Neveu: Jaques Saunière é encontrado morto.

E nada teria de especial este facto, não fosse Langdon o principal suspeito do seu assassinato, não fosse a vítima o avô de Sophie, conservador do Museu do Louvre, e membro da mítica sociedade secreta, o Priorado de Sião, da qual fizeram parte Isaac Newton, Botticelli, Victor Hugo e o próprio Leonardo Da Vinci.



Apercebendo-se de que não sobreviveria ao alvejamento, Sauniére deixa um código para que Sophie encontre Langdon, e que, com este, decifre todos os outros códigos encadeados, que vão surgindo ao longo da história, para que possam desvendar o mistério do seu assassínio, e do Priorado de Sião.




À medida que a história avança, e que os protagonistas se aproximam da verdade, o leitor sente aquela vontade imensa de “mastigar” o conteúdo da obra, e de se demorar nele, para que não mais acabe. Isto porque, todos os códigos, estando ligados ao Priorado de Sião, estão associados ao conceito de Sagrado Feminino, e ao mistério do Santo Graal que o autor nos leva a crer ter sido perdido com a fundação da Igreja Católica.



É neste Universo, em que acção está sempre presente, que Dan Brown nos seduz com os “factos” históricos, controversos em si mesmos, dividindo-nos entre a fé e a racionalidade, pondo em causa tudo aquilo em que, até hoje, acreditamos.



Apesar de deliciosas, as referências históricas dadas pelo autor nem sempre são verdadeiras, e existem documentários que desmistificam toda a história d’O Código Da Vinci.



Dan Brown é natural de Exeter (E.U.A), 1964. Trabalhou na Phillips Exeter Academy como professor de matemática, onde se licenciou. Posteriormente, em 1982, entrou para o Amherst College, onde iniciou o seu estudo aprofundado sobre as obras de Leonardo Da Vinci. Escreveu cinco romances, entre os quais Os Anjos e Demónios - a primeira aventura do catedrático Robert Langdon.




De todas as formas, para quem não gosta de ler, este é o livro ideal – fala voz da experiência!








Bruno, nº2, 10ºG

quinta-feira, 22 de março de 2007

"A Fórmula de Deus"


"Deus não joga aos dados." (Albert Einstein)

"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que diz respeito ao Universo, ainda não adquiri a certeza absoluta." (Albert Einstein)

Durante séculos tentamos explicar a Génese da nossa existência. Todavia nunca o conseguimos provar.

Seremos nós obra de Deus? Seremos nós o resultado de uma experiência da natureza?

“Deus não foge aos dados e sabe aquilo que faz.” (Albert Einstein)

50 Anos após a morte de A. Einstein, é descoberta uma mensagem cifrada, que pode ser a chave para revelar o mistério da existência do Homem.

Porém, esse documento está na posse do Governo Iraniano, que tenta por todos os meios assegurar os serviços do professor português Tomás Noronha.

Quando Noronha aceita o trabalho, apercebe-se de que se trata de um trabalho de risco, pondo em perigo a vida daqueles que ama. No entanto, arrisca tudo para decifrar o enigmático código de Einstein…

Será possível provar a existência de Deus?


(O livro foi escrito por José Rodrigues dos Santos.)


VIVA O AMOR


Autor: Francisco Salgueiro
Editora: Oficina do livro
Capa: António Belchior


Fotografia: Jean-Pierre Debot
1ª Edição: Maio, 2004 - 3000 exemplares



Muito sinceramente, li o livro apenas porque o tinha de o fazer. Sou daquelas pessoas que adoram devorar (será: mastigar?) livros durante imenso tempo tanto tempo que estou com os Maias 3 meses, e ainda nem sequer o acabei. Falta de tempo, é a melhor forma para o justificar. Mas, voltando ao tema, o livro”Viva o Amor”, foi-me sugerido por uma das minhas melhores amigas e, quando ela disse que era um livro que se lia bem, nem pensei duas vezes. Podem achar estranho, mas li-o em quatro horas sem pausas.
Viva ao amor é um romance, onde (que!) inclui amor e ódio, sexo e traições, discotecas e bebidas, “bifas” e lingerie, praia e surpresas, perseguições e tiros, vidas e mortes. Tudo começa num Chat onde Marta, uma amante (?), encontra Gonçalo, um mulherengo. Ambos vão viver lindos e horríveis sonhos juntos. Cada um inclui os seus amigos, sendo um pior que outro. Para te entusiasmar ainda mais, apresento-te algumas das frases mais marcantes do livro: “E a segunda torre gémea caiu à minha frente”, “Liga já para o 112 e não saias de dentro da banheira …é a única hipótese de sobreviveres”, “ começo a desapertar o teu cinto...”, “Amo-te”, “guiados apenas pelo sexo”. Frases apelativas não? Tenta descobri-las em que contextos se enquadram.
Com uma estrutura de entretenimento, aliada a uma linguagem simples, directa, diver-tida e descomplexada, sem no entanto ser banal ou desinteressante. Cada capítulo tem algo que vos fará, a vocês leitores, dizerem “UAU!”.


O autor deste livro chama-se Francisco Salgueiro e nasceu em Portugal, em 1972. Tirou o curso de comunicação empresarial e entre o ano que o terminou, 1994 e 2000, onde foi um dos fundadores (incompreensível...) da Letras Digitais: a primeira empresa portuguesa a fazer conteúdos para Televisão, Internet e Televisão interactiva, foi freelancer na área da escrita, tanto na imprensa, como no guionismo televisivo. Em 2003, lançou o seu primeiro livro “Homens há muitos”, onde este foi o mais vendido desse ano. Em 2004 foi a vez do livro “Viva o Amor”, o que eu escolhi para vos mostrar, e em 2005 saiu para as livrarias “Splaash”. As aventuras pelos Estados Unidos incluíram a escrita de dois guiões para cinema: “Love at First Sight” (Writers Guild Of America) e “Cool Toons” (Writers Guild Of America). Devido à sua linguagem clara, expressiva e divertida, como espero que possam comprovar depois de lerem “Viva o Amor”, faz com que as pessoas ganhem gosto pela leitura. Há jornais que já o apelidaram de “escritor cool”. Actualmente, ainda é colaborador de jornais e revistas, desatacando-se a Notícias Magazines, a revista de maior audiência e tiragem em Portugal. Nesta tem escrito crónicas sociais sobre comportamentos e costumes que já entraram para a história da cultura pop portuguesa, como “Guia de Sobrevivência em Vilamoura” e “Viajar de avião: que bom!”, que através de forwards da net têm percorrido mundo, tendo inclusivamente chegado ao Brasil, Inglaterra e Cabo Verde.
Depois deste breve resumo sobre “Viva o Amor “ e a biografia do seu autor, espero que se deliciem a desfolhar as páginas deste livro.



P.S. Encontra-se na biblioteca da Escola Secundária de Barcelos e de uma livraria perto de vocês.




Cátia Ferreira, 10º B

Viagem ao mundo da droga de Charles Duchaussois



Charles Duchaussois descreve neste livro a terrível experiência de um drogado, a partir da sua vivência pessoal. Vagabundo, traficante, marginal em relação à sociedade, aventureiro internacional profundamente envolvido no negócio, Duchaussois, ele próprio um viciado, chegou à derradeira miséria física e moral.

Em França, no Médio e no Extremo Oriente, o autor narra uma vida entrecortada de incidentes, dos quais a pouco e pouco, principia emergir. E desse modo, o que era descrição de uma queda vertical no abismo, é também a narrativa de uma recuperação, se não mesmo de uma cura. Duchaussois faz-nos viajar ao mundo da droga para nos mostrar a degradação a que nos conduz.


Cristiano Ferreira 10º G

A dor da distância!!!

Esta foi, sem dúvida, a mais bonita história de amor que alguma vez li. Trata-se de uma rapariga que conheceu o grande amor da sua vida quando menos esperava. O amor é mesmo assim! Imprevisível!
Ambos queriam o amor um do outro, mas o destino parecia não estar de acordo com os seus sentimentos. Então, esta resolveu escrever-lhe um diário. Diário esse que transmitia os momentos que passaram, os seus sentimentos quando ele lhe tocava ou quando se chegava perto dela. Pois é, coisas do amor! Às quais ninguém tem acesso para que o efeito não seja tão "devastador".

A distância é outro grande problema dos casais apaixonados. Quanto mais longe estão, mais se suplicam! Outro dos principais motivos da sua revolta em relação ao amor, é o facto da pessoa de quem gosta não acreditar nos seus sentimentos.

Já Margarida Rebelo Pinto refere na sua obra que "é mais fácil esperar do que desistir, é mais fácil desejar do que esquecer". Por vezes, tentamos dar o primeiro passo, mas na verdade, estamos sempre à espera que a outra pessoa o dê. Por isso, é que a protagonista deste romance vive com a esperança de algum dia o encontrar. Para ela a esperança, a espera, o desejo, não são defeitos das pessoas, mas sim, os efeitos do amor que entram nas nossas vidas sem pedir licença, como se o nosso coração estivesse de braços abertos para os receber!!! Na verdade, são como vírus que as pessoas respiram e que se agarram às células... apenas o tempo os consegue controlar.

Mas, o amor é tão lindo, é tão bom sentirmo-nos especiais na presença de outrem. Tudo nos parece perfeito, de cores cintilantes e atraentes. Daí este livro se dedicar a todas as mulheres apaixonadas, com o objectivo de ensinarem os homens a acreditar no seu amor.

Por isso, para todo o pessoal apaixonado, esta é a minha "receita médica": "Diário da tua Ausência". Apresenta frases maravilhosas que definem o amor na perfeição. É, simplesmente, lindo!!!
Joana 10º A

quarta-feira, 21 de março de 2007

O Retrato de Dorian Gray


Depois de muito tempo à procura de um livro que valesse mesmo a pena ser comentado para avaliação, decidi escolher O Retrato de Dorian Gray...
Oscar Wilde, sendo o seu autor, é considerado como um dos maiores escritores ingleses do século XIX... Nasceu em 16 de Outubro de 1854 ,em Dublin, Irlanda, e foi educado no Trinity College, em Dublin, e mais tarde em Oxford.
Com a publicação de Retrato de Dorian Gray, Wilde dá começo à sua verdadeira carreira literária ... Porém, sua vida privada não fica imune diante das regras estritas do conservadorismo vitoriano! Quando passa a viver a vida ambígua de homossexual e de homem casado, o risco de um escândalo torna-se cada vez maior. Como a homossexualidade era por si só ilegal, Wilde acaba por ser preso e condenado a cumprir dois anos de trabalhos forçados.
Libertado em 1897, deixa a Inglaterra e vai para a França, onde assume o nome "Sebastian"... Morre arruinado, em 30 de Novembro de 1900...
O Retrato de Dorian Gray surge em em 1890, com uma segunda edição no ano seguinte, a que o escritor acrescentou seis novos capítulos e um prefácio... A história discute (problematiza) o desejo da imortalidade e da beleza eterna com os próprios valores morais da vida, ligando-os de uma forma brilhante e, diria até, venenosa...
Agora, na minha opinião, achei o início do livro um tanto enfadonho... discurso lento e organizado com poucas emoções à mistura. Mas rapidamente constatei que valera mesmo a pena ter começado aquele romance! À medida que vamos avançando, o livro confronta-nos com uma noção de “perfeição impossível” em que a beleza se mistura com as leis morais e sociais da vida... Quando tudo começa a ganhar “corpo”, já as personagens estão cravadas na mente do leitor, o que, no meu caso, acelerou o ritmo da leitura, sem dúvida Razz...
E mais! Impressionou-me a frieza de algumas passagens do livro!!! Passagens tão cruas, mas tão incrivelmente saborosas de ler! Quem já leu o livro deve saber que falo das suas teorias: diz-se até que Wilde conseguiu chocar a sociedade vitoriana com elas, em que muitos viram nelas um espelho dos seus defeitos... pois consegue ser “politicamente incorrecto”, como diria a Prof. Razz
Acredito... =S Cheguei até a chamar-lhe “livro sem alma” quando ia nas últimas páginas!!! Grande erro meu... Cheguei à última frase e até me arrepiei! x)
É bom... aconselho o livro a quem deseja ter a mente, momentaneamente, assombrada pelos ditos de Oscar Wilde... Wink

Amandine
10º B

A Dádiva


23 de Dezembro de 2006

Querida Mónica,

Mais um dia te escrevo. Eu sei que já não te escrevo a alguns dias, mas esta minha ausência deve-se a um livro ao qual tenho dedicado metade do meu tempo, livro que se chama “A Dádiva”, e como sei que, se estivesses aqui, gostarias de o ler, vou contar-te um pouco da história.
O livro fala de duas famílias muito distintas. Uma das famílias era muito feliz e essa felicidade centrava-se toda na filha mais nova do casal, até que, um dia, essa menina morreu, e essa família tornou-se monótona e infeliz.
A outra família era muito diferente: era uma família machista (dominadora? prepotente? arrogante?) o seu maior objectivo era ser superior a tudo o resto, tornar-se a família ideal.
Este livro é da autoria de Danielle Steel, uma das minhas escritoras preferidas, e digo-te que tenho pena de ainda não o teres lido, porque é um dos livros que fazem que as histórias pareçam reais! É como se estivessemos a vivê-las… é simplesmente fascinante e sensibiliza todas as pessoas que o lêem.
Lermos este livro lembra-nos que histórias como estas acontecem todos os dias e não nos apercebemos disso, nem pensamos na dor que sentimos quando perdemos alguém muito querido, ou o que é sentirmo-nos presos porque temos de ser a pessoa perfeita, idealizada por alguém autoritário a quem se deve obediência.
Como sei que adoras ler, resolvi falar-te deste livro que li.
Foi bom escrever-te outra vez e partilhar mais um bom momento contigo, apesar de não saber se me ouviste.



Até amanhã,
Da tua Carla.


ESTE TEXTO FOI ESCRITO PELA CARLA DO 10ºG

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá


O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá é um livro da autoria de Jorge Amado. Jorge Amado é um autor bem conceituado a nível nacional. Nasceu em 1912, mais precisamente, no dia10 de Agosto. Jorge Amado era natural de Itabuna-BA. Morreu no dia 6 de Agosto, no ano de 2001.
O livro retrata uma história de amor entre uma andorinha e um gato, que é uma coisa muito estranha, mas por esse motivo é que é, para mim, um livro muito interessante. Mais não vou revelar para deixar em aberto o suspense e a curiosidade

Eu decidi ler este livro devido a várias razões. Li o livro por ser um livro do GRANDE Jorge Amado e também por ser um livro romântico, que é o tipo de livros que eu gosto mais. Aconselho todas as pessoas a ler este livro porque é realmente muito bom.

A Dádiva

“A Dádiva” é um livro fascinante, da autoria de Danielle Steel, uma escritora que nasceu em Nova Iorque. Autora de mais de trinta romances, trezentos milhões de livros vendidos, traduzida em cinquenta línguas e publicada em oitenta países.
Danielle Steel retrata, neste livro, a vida de duas famílias.
Primeiramente, apresenta uma família unida pela felicidade e pelo amor. Uma família em que a felicidade predomina e em que o amor e a união prevalecem. Até que um dia, algo de especial desapareceu e tudo se tornou num mundo negro, onde a palavra “ausência” assumia um significado imperativo.
A segunda família era uma família marcada pela autoridade e o sexismo, que nega às mulheres a oportunidade de formação escolar.
É fascinante como a autora compara um filho a uma dádiva. Como a perda de algo especial pode causar tanta dor e destruição a uma família em que a dor era vencida pela felicidade e que agora é a felicidade que é vencida pela dor e pela angústia.
Uma citação do livro que retrata como foi angustiante a perda do bem mais precioso daquela família, a sua dádiva:

“… a dádiva tinha-lhes sido retirada…”


Diana 10ºG Nº7

terça-feira, 20 de março de 2007

Diário Imaginário...


30 De Agosto de 2669…Já estarei morto nessa altura.

Segunda de manhã. A noite foi longa e eu escrevia no meu diário.
As férias estão a acabar e tu nem imaginas o que me aconteceu nestes últimos dias.

Há três dia atrás fui assaltado e deixaram-me nu na rua, com as cuecas, roubaram-me a carteira, mas deixaram o dinheiro e os cartões. No dia seguinte, fui ao restaurante comer e pedi uma boa picanha assada, enquanto comia, engoli uma espinha, fui para o hospital e fui operado à apêndice.

Estes foram os meus melhores três dias de férias.


Cristiano 10º G

OS CAPITÃES DA AREIA


Numa difícil escolha para a leitura de um livro para postar o comentário no blog surgiu lá um na biblioteca da escola!!! Optei por um livro de Jorge Amado, "Os Capitães da Areia", onde este tem a curiosidade de ser o livro do Jorge Amado mais vendido no mundo inteiro.Este livro retrata-nos a vida de um grupo de meninos abandonados nas ruas de Salvador, onde estes formam um grupo de 100 elementos (meninos) que roubam para sobreviver.

Achei o livro muito interessante, porque fala de um tema que é habitual em todo mundo!!! Mas nao foi só pelo aspecto do tema que achei o livro interessante, mas a maneira do escritor dividir em três partes o livro que foi a "Canção da Bahia", "Canção da Liberdade (...) e a forma como é narrada a despedida de um menbro dos capitães da areia.

Aconselho a todos os leitores, pois mostra-nos os problemas que se vivem na sociedade brasileira, em especial.


Luís Oliveira 10º C

Manual do Guerreiro da Luz



A obra de Paulo Coelho, nomeadamente, o “Manual do Guerreiro da Luz” é uma obra interessante, apesar de a sua estrutura não se alterar e ser um pouco repetitiva. Apesar disso, tem algo que deita por terra a sua repetição. A obra de Paulo Coelho, transmite um exemplo de vida, tendo sempre, ao longo da obra, a imagem de Deus bem explícita.
A grande mensagem que a obra nos passa é o lema de vida de um «Guerreiro da Luz». Passo a citar:

«Os Guerreiros da Luz reconhecem-se pelo olhar. Estão no mundo, fazem parte do mundo, e ao mundo foram enviados sem alforge e sem sandálias. Muitas vezes são covardes. Nem sempre agem correctamente.»

«Os Guerreiros da Luz sofrem por tolices, preocupam-se com coisas mesquinhas, julgam-se incapazes de crescer. Os Guerreiros da Luz, de vez em quando, crêem-se indignos de qualquer bênção ou milagre.»

«Os Guerreiros da Luz, com frequência, interrogam-se sobre o que fazem aqui. Muitas vezes acham que as suas vidas não têm sentido. Por isso são Guerreiros da Luz. Porque erram. Porque interrogam. Porque continuam a procurar um sentido. E acabarão por encontrá-lo.»


Hugo Salgueiro, 10º G

Viagem sem Regresso



Querido Diário:

Hoje acabei de ler um livro cuja história é muito dramática e surpreendente. Este livro, que se intitula “Viagem sem Regresso”, que foi escrito por Katy Gardner (formada em antropologia, autora de vários trabalhos académicos sobre a diáspora bengali, estreia-se no mundo da ficção com esta obra), relata a história de duas amigas inseparáveis, mas bastante diferentes: Esther, a rapariga bonita, de "corpo perfeito", extrovertida, que com pouco esforço conseguiu tudo na vida; Gemma, a rapariga de "corpo imperfeito", introvertida e que, apesar de muito esforço nem sempre conseguiu obter tudo o que desejava.

Esther e Gemma fazem a sua primeira e última viagem juntas, à Índia. Dias antes da viagem, Gemma descobre que tinha sido enganada pela Esther e durante a ida à Índia resolve vingar-se. A sua vingança foi de tal maneira cruel e obscura que marcou a vida de Esther para sempre...

Adorei a história deste livro, por um motivo particular, nomeadamente, por esta história provocar no leitor a vontade de descobrir como se dá o desenlace. Mesmo tendo ficado desiludida com o final, é sem dúvida um livro que aconselho a ler.



Tânia, 10ºG


Meu querido Diário!


Nos últimos dias tenho lido um livro pelo qual me interessei bastante, chama–se: “Diário de uma Virgem”, de Jocelyn Bresson.


Como já terminei de o ler, vou contar–te a sua história:

Marguerite Remy é uma rapariga tímida e discreta, em quem ninguém repara, mas que se torna numa sensual e provocadora jovem que faz enlouquecer os homens, depois de ter perdido a memória após um acidente. Ao tentar recuperá-la, vê–se dividida entre duas vidas paralelas: a sua verdadeira vida, em que é tímida e discreta e a que sempre idealizou ter, ser sensual e provocadora. Marguerite escrevia um diário antes do acidente, que não era convencional, nele ela não expunha a sua vida, os seus sentimentos, mas sim, o que queria ter vivido dia após dia. Ffoi esse mesmo diário que a confundiu depois da perda de memória, esse mesmo diário que fez dela aquilo que sempre quis ser: sensual.

Foi bom ter lido este livro, cada frase me despertava entusiasmo para o resto do livro. Vou recomendá–lo aos meus amigos!



Até amanhã, querido diário!


Cristiana, 10ºG

Atrás de um grande homem, há sempre grandes mulheres!


- Este é para a Beatriz!......... Manel!....... Ana!
Abri rapidamente um dos meus presentes de Natal da minha avó.
- Vó, deves ter-te enganado nas etiquetas, este livro não é para mim.
- Qual? Este? “As Mulheres de Mozart”? Claro que é para ti. Este livro é fantástico, é um romance baseado na vida íntima do célebre compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart.
- E esse homenzinho era assim tão interessante para haver um livro sobre a sua vida amorosa? – perguntei eu.
- Homenzinho? Ele é um dos maiores génios da música clássica! E toda essa genialidade e inspiração veio da família Weber, quatro irmãs que irão cativar o seu coração e inspirar a sua música. Josefa, Aloysia, Constanze e Sofia vão reflectir-se nas heroínas das óperas de Mozart. – continuou a minha avó – Este romance histórico retrata também as suas dificuldades em conseguir levar a sua música às pessoas. Além disso, é descrita a Europa civilizada e intelectual do séc. XVIII.
- Parece-me interessante...
- Para não falar que Stephanie Cowell é autora de diversos romances históricos, premiada com o 1996 American Book Award. Apaixonou-se, ainda jovem, por Mozart ao ver as "Bodas de Fígaro", com o seu pai, o que fez com que seguisse a sua carreira de cantora lírica, interpretasse muitas das heroínas de Mozart e escrevesse este arrebatador romance.
- Pronto Vó, já me convenceste!...
Ana Isabel, 10º A

segunda-feira, 19 de março de 2007

"Cão Como Nós"

Para quem não sabe (embora não devam ser muitas pessoas) Manuel Alegre, para além da sua actividade política, é também escritor e poeta.
O título desta obra é sugestivo: trata-se de um cão, de seu nome Kurika, “como nós”, ou seja, a relação entre o narrador e o cão, embora não seja uma relação pessoa a pessoa, também não e uma relação de pessoa a animal, “eram relações algo híbridas”, porque se tratava de um cão “que tendia a deixar de o ser”.
A obra está escrita na primeira pessoa, com referências autobiográficas tanto de locais, por exemplo Águeda, como familiares, “a minha mulher”, “os meus filhos”, etc.
O mais interessante da obra é o tempo. Temos de considerar o tempo da história, em que predomina o passado e se conta a relação do narrador e sua família com o cão, e o tempo da escrita, onde predomina o presente e se fazem reflexões filosóficas de cariz existencialista, em jeito de monólogo interior, em que o narrador como que pressente a presença do cão e refere “se não fosse como sou já tinhas morrido completamente”, ou seja, o cão existe enquanto existir na sua memória.
O poema final, que tem o mesmo título da obra, revela as qualidades poéticas de Manuel Alegre. Nele se resume as características antitéticas do cão, que “como nós” era “altivo” e “fiel” mas “desobediente”, “não cativo”, “sempre presente-ausente”, características que sabemos pertencerem a Manuel Alegre, com seu espírito revolucionário, rebelde e altivo.
A obra “Cão Como Nós” é cativante por ser de leitura acessível, numa linguagem coloquial e simples que nos prende do princípio ao fim.


Nuno Areia 10º C

A Ana passou-se


Quando entrei no blog para ver os textos críticos sobre os livros escolhidos reparei que o meu livro já lá estava publicado. Ninguém imagina como tinha sido difícil escolher o livro, pois tive que voltar à estante e passar horas e horas até encontrar “A Ana passou-se” um dos livros de Maria Teresa Gonzalez.
Maria Teresa Gonzalez é uma escritora portuguesa nascida em Coimbra, em 1958. É licenciada em línguas e literaturas modernas e foi professora de português. Maria Teresa Gonzalez tem vários livros editados, como por exemplo, “A fonte dos segredos”, “O guarda da praia”, “A lua de Joana”, entre outros…
Escolhi “Ana passou-se” - pensei que seria o ideal, pois trata se de uma rapariga com apenas 15 anos que enfrenta muito cedo a crueldade da vida.
Filha de pai advogado e mãe escultora, Ana vive com a sua irmã mais nova um drama, que nem o amor por um rapaz da sua turma, Tomás, a ajuda a ultrapassar.
Ana não teve infância, foi obrigada a educar a sua irmã mais nova tomando o papel de mãe. Ana cresce completamente só. Então decide fugir de casa, fazendo frente a tudo e a todos e enfrentando a maldade da vida.
Este é um livro que aconselho a todos, principalmente a adolescentes, pois Ana não é a única a passar por problemas destes e ver-se desesperada, chegando ao ponto de decidir partir sozinha à procura da felicidade, enfrentando tudo e mais alguma coisa:)
Carina Françoise 10º C

"Autêntica telenovela"

Caro leitor , você é daquelas pessoas a quem só um final feliz satisfaz? Então, aconselho-o a ler este livro. "Corações em Silêncio" é mais um daqueles esplêndidos livros de Nicholas Sparks, onde o tema central é o Amor. Embora pareça uma telenovela, onde o mais importante é a história acabar bem e viverem todos felizes para sempre, é este parecer que nos alimenta a vontade de ler, ler e conseguir alcançar o fim o mais rápido possível.
Consegue abordar acontecimentos que, apesar de parecerem inafectáveis (?) a humanidade , são acontecimentos com os quais nos deparámos no nosso dia-a-dia.
Apesar do Amor ser um sentimento difícil de descrever, Nichloas Sparks consegue encontrar palavras adequadas que transmitem ao leitor, o quanto importante ele é para a vida humana. Que é um sentimento ingénuo e que consegue ultrapassar barreiras que jamais algum outro sentimento o conseguiria.
Se o Amor não existisse, será que a vida teria sentido?

Diana Correia 10º C nº 8

BERGDORF BLONDES

Bom, em primeiro lugar devo dizer que não foi fácil eleger um livro para apresentar.
Primeiro, pensei numa obra intemporal como as Intermitências da Morte de José Saramago.
Todavia, disseram-me que, para alguém como eu que, infelizmente, não tem como hábito adormecer com o livro entre as mãos, este não era dos mais aconselháveis.
Assim, pensei num livro que não só me aliciasse, mas também despertasse a curiosidade de outros leitores não assíduos.
Veio então parar-me às mãos Loiras de Nova Iorque, cujo título original é Bergdorf Blondes.
Vi o resumo! De imediato as palavras glamour, high society, alta-costura e cosmética me saltaram à vista.
Não resisti!
A escritora é Plum Sykes, uma jovem nascida em Londres, que se formou em Oxford, mas que se deixou seduzir pelos encantos de Nova Iorque.
Talvez já tenham ouvido falar nela, uma vez que é
colaboradora assídua da revista Vogue onde escreve sobre moda, sociedade e Hollywood.
Esta amante da cidade que nunca dorme viu o seu livro tornar-se um best-seller em pouquíssimo tempo.
Este fulgurante sucesso de vendas narra o dia-a-dia de umas jovens nova-iorquinas envoltas em mistérios, enigmas e preocupações.
- O que é que devo usar na festa de logo à noite…? Chanel, Pucci, Hermès, Versace…
As personagens vivem assim, oprimidas e sufocadas por estes e outros dilemas igualmente desgastantes e dignos de uma consulta no melhor psicanalista da cidade, assim como um dia no Spa, claro!
A personagem principal, loira, linda, magra, rica e famosa, autodenomina-se moi e é uma jornalista nas horas livres. Quando o personnal shopper, o salão de beleza, as festas, as amigas e as comprinhas lhe dão algum tempo para respirar.
As páginas do livro são, por isso, autênticos guias de Nova Iorque.
Não, de facto não fazem menção à Estátua da Liberdade, nem mesmo ao Empire State Building. Contudo, descrevem com exactidão os mais ínfimos pormenores dos hotéis, salões e das lojas mais chiques e glamourosas da cidade.
No entanto, estas meninas atarefadas também sonham, tal como a maioria das comuns das mortais, encontrar o seu príncipe encantado, que as leve a cavalgar até às mais tórridas e extáticas (?) loucuras que o Rio de Janeiro tem para oferecer.
Isto, metaforicamente falando. Se quiserem desvendar a acepção literal vão ter de ler. Mas posso dar uma pista, o sentido real é igualmente abrasador…
Continuando com a descrição do príncipe perfeito...
Este, não precisa de vir montado num imponente cavalo branco, basta vir, comodamente instalado no seu jacto privado. E, segundo a personagem principal, ter os atributos de Jude Law, abona bastante a seu favor!
Durante esta frenética e entusiástica procura pelos maridos em perspectiva, as personagens, especialmente moi, deixa-se cair nas manhas (malhas?) do verdadeiro amor.
Sendo deliciosas as descrições da narradora daqueles primeiros olhares, das primeiras palavras, dos sorrisos e das escaldantes cavalgadas nocturnas feitas pela personagem e os seus Jude Law(s).
Este, é por isso, um livro que expõe a vida daquelas bonequinhas de porcelana que aparecem nas capas das revistas e que a sociedade idolatra.
Será este o estereótipo de vida perfeita? Serão os casacos de cabedal Alexander McQueen, os sapatos Sergio Rossi, os jeans Chloé e as soirées VIP, um indicador do grau de felicidade?
Antes de finalizar, gostaria de afirmar que, ao contrário do que possa parecer, aconselho este livro não só às apaixonadas por Dolce & Gabbana, Calvin Klein e companhia, mas também às suas caras-metade.
Podem ter a certeza que, depois de folhear algumas páginas do livro, os cavalheiros jamais se irão queixar das eternas horas passadas no centro comercial com as namoradas.
Afinal, poderia ser bem pior…


Tânia Falcão, 10º B

O imaginável mundo às portas da morte



Devido ao facto de que o livro que tinha lido (Anjos e Demónios) ter sido publicado por um outro aluno, vasculhei as prateleiras da biblioteca da minha madrinha até que encontrei um livro que dizia na capa que tinha ganho o prémio Pessoa de 1997 (velhote), logo fui a correr tropeçando em tudo que tinha à minha frente para perguntar à minha estimada madrinha de que se tratava o livro, ao qual ela me respondeu que o livro tinha tudo a ver comigo e assim foi. O livro que vos venho proferir (apresentar!) chama-se “De Profundis, Valsa Lenta” de José Cardoso Pires. Este livro mostra o que o seu autor viveu depois de uma doença vascular cerebral, em que o seu corpo agia sem nenhum controlo do sujeito e caracteriza o seu corpo como “o Outro que se desdobrou de mim que se comporta naquele planeta como um figurante gratuito que o destino acrescentou à paisagem.” O autor vê, assim, o seu corpo exteriormente, comentando todos os seus passos, dizendo como pensava e como talvez o “Outro” pensaria, desde a entrada no hospital até ao seu internamento. No quarto em que o autor ficou internado encontravam-se também dois outros indivíduos, o construtor civil Ramires, já aposentado e o comerciante de Nazaré Martinho, que devido a outras razões que não as de José Pires estavam um pouco (muito) tresloucados. Para ajudar o autor a recuperar a sua memória, este conta com a sua mulher Edite que o irá apoiar até à sua recuperação. Não podendo contar mais qualquer excerto do livro, (pois senão estaria a contar o final da história) termino dizendo que o livro De Profundis, Valsa Lenta é um livro pequeno, mas muito profundo, que nos leva a sentir o que o personagem principal da história sentiu e ainda sente. Aconselho, assim, este livro a todos aqueles que são curiosos sobre o que se passa, quando perto da morte.

Luís Loureiro, 10º B